Quem é o dono da Chanel agora? O que sabemos sobre a família Wertheimer

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Quem é o dono da Chanel? Para começar, a Chanel é propriedade privada da família Wertheimer há quase um século e é uma das poucas casas de moda de luxo que não pertencem aos conglomerados LVMH ou Kering. Mas quem exatamente são eles? Ao contrário de seus concorrentes, Bernard Arnault e François Pinault, os Wertheimers foram apelidados de “os bilionários mais quietos da moda”. Por serem extremamente privados, poucas informações sobre suas vidas pessoais ou negócios são divulgadas.

Mas aqui está o que sabemos sobre quem é o dono da Chanel e sua história.

Principais lições

  • A marca de luxo francesa Chanel é dirigida por Alain Wertheimer, que atua como presidente.
  • Seu irmão Gerard é o responsável pela produção de relógios da empresa, e os dois são co-proprietários.
  • Seu bisavô, Pierre Wertheimer, co-fundou a empresa com Gabrielle “Coco” Chanel.
  • O rosto público da Chanel, Karl Lagerfeld, faleceu em fevereiro de 2019 aos 85 anos. Por mais de três décadas, ele liderou os esforços criativos da empresa como diretor.

Quem é o dono da Chanel: visão geral

1922

Nas corridas de cavalos em 1922, Théophile Bader, fundador da luxuosa loja de departamentos Galeries Lafayette, apresentou Coco Chanel a Pierre Wertheimer. Pierre, um criador renomado, herdou recentemente de seu pai a Bourjois, a maior e mais bem-sucedida empresa de cosméticos e fragrâncias da França, enquanto Coco havia desenvolvido o Chanel No. 5 com o famoso perfumista Ernest Beaux apenas um ano antes.

O perfume exclusivo era vendido apenas nas butiques da Chanel em Paris, mas Coco queria disponibilizá-lo para mais clientes, então os três novos amigos fecharam um acordo: Pierre formou a Parfums Chanel, que financiaria a produção, marketing e distribuição da Chanel. No. 5, Galeries Lafayette iria vendê-lo (dando a Bader 20% de propriedade) e Coco licenciaria seu nome para ele (dando a ela 10% de propriedade). O relacionamento de Pierre e Coco, por outro lado, se deteriorou rapidamente.

Coco começou a se ressentir do acordo conforme as vendas aumentavam e o Chanel nº 5 se tornou sua criação mais vendida. Coco contratou um advogado e tentou renegociar os termos porque acreditava que Pierre estava explorando seus talentos criativos para seu próprio ganho. Ela não teve sucesso e Pierre manteve o controle da empresa.

1941

Coco tentou novamente em 1941, no início da Segunda Guerra Mundial. Ela viu uma oportunidade quando os Wertheimers, que eram judeus, foram forçados a fugir para os Estados Unidos da América para escapar do regime nazista. Citando novos regulamentos de ocupação que determinavam a transferência de todos os negócios de propriedade de judeus para as mãos dos arianos franceses, Coco escreveu uma carta ao Partido Nazista na tentativa de finalmente obter o controle da Parfums Chanel.

Coco foi mais uma vez sem sucesso. Pierre já havia nomeado um procurador, um amigo da família ariana chamado Félix Amiot, para administrar o negócio em sua ausência. A própria Coco foi forçada ao exílio no final da guerra. Ela fechou a Chanel e se mudou para a Suíça depois de ser acusada de simpatizar com os nazistas.

1954

Apesar de sua amarga rivalidade, Coco pediu dinheiro a Pierre novamente em 1954, quando ela voltou à França para reabrir seu ateliê. Em troca, obteve os direitos de todos os produtos da Chanel, não apenas dos perfumes. Pierre consolidou seu poder comprando mais tarde a participação de 20% de Bader na Parfums Chanel.

Pierre morreu em 1965, deixando seu filho Jacques no comando da Chanel e dos outros negócios da família. Quando Coco morreu, seis anos depois, Jacques comprou os 10% restantes da Chanel, tornando-se o único proprietário. Ele não se interessava por moda e, em vez disso, concentrou seus esforços na criação e corrida de cavalos, o que prejudicou as vendas e a reputação de Chanel. Alain e Gérard, seus filhos, tinham apenas 25 e 23 anos quando convenceram o conselho a deixá-los assumir a Chanel em 1974. Eles trabalharam juntos para ressuscitar a casa de moda falida, principalmente contratando Karl Lagerfeld.

1996

Quando seu pai morreu em 1996, Alain e Gérard foram oficialmente nomeados coproprietários da Chanel, tornando-os uma das pessoas mais ricas da França e do mundo (seu patrimônio líquido combinado é de cerca de US$ 49.2 bilhões). Eles dividiram as responsabilidades até agora. Alain é o presidente dos Estados Unidos e Gérard é o chefe da divisão de relógios da Suíça.

Além disso, os irmãos permanecem um mistério.

Quem é o dono da Chanel: um império de luxo revivido das cinzas

Alain e Gerard Wertheimer, de 72 e 70 anos, são agora dois dos dez bilionários mais ricos da França. Sua fortuna cresceu muitas vezes devido a grandes aquisições e negócios, dos quais Chanel é apenas um. Seus ativos totais são atualmente de US$ 49.2 bilhões, divididos igualmente entre os dois irmãos.

A família Wertheimer é extremamente reservada e raramente fala com a imprensa sobre sua riqueza, negócios, vida familiar, relacionamentos ou até mesmo sobre seus hobbies. Eles nunca comparecem à inauguração de uma loja Chanel e, quando vão, dirigem seu carro e sentam-se nas filas quatro ou cinco. O New York Times os chamou de “os bilionários mais discretos do mundo da moda”.

Ressurgindo das Cinzas

Depois que seu pai, Jacques Wertheimer, morreu em 1974, Alain e Gerard Wertheimer assumiram como co-proprietários da marca Chanel. Alain é o presidente da Chanel e Gerard é o responsável pela divisão de relógios. Eles são a terceira geração da empresa de 110 anos.

A Chanel foi se esgotando aos poucos na época, restando apenas a marca de perfumes vendida em uma farmácia e uma loja oficial. Alain rapidamente revitalizou a elegante casa de moda, expandindo o segmento de prêt-à-porter e recuperando a participação de mercado para liderar o setor de perfumes de luxo. Sua escolha mais importante foi contratar o designer alemão Karl Lagerfeld como Diretor de Arte.

Lagerfeld disse na época: “Quando entrei para a Chanel, era uma bela adormecida na floresta”. Nem mesmo um rostinho bonito. Está esgotando. Portanto, é meu trabalho ressuscitar uma mulher morta.

Alain apelidado de “gênio do marketing”, sabia como usar as criações de Lagerfeld para criar uma imagem de alta moda, popularizando a marca Chanel nos círculos da elite e no resto do mundo.

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Kristen Stewart, Cate Blanchett, Audrey Tautou, Nicole Kidman, Gisele Bündchen, Lily-Rose Depp, Cindy Bruna, Romy Schonberger, Rianne van Rompaey, Sigrid Agren e o cantor Pharrell Williams estão entre as celebridades clientes da Chanel. Chanel tornou-se um “gigante” na indústria da moda, com inúmeras lojas e boutiques em todo o mundo graças à combinação de celebridades e luxo exclusivo.

A Chanel também é conhecida por suas marcas de beleza Chanel Beauty e Chanel Perfume.

Perspectiva Estratégica

A Chanel sempre segue os princípios de nunca dar descontos e nunca vender nas redes sociais, independentemente dos concorrentes, para se diferenciar de outras marcas de moda no mercado de capitais.

A Maison é conhecida por seu estilo simples, mas sofisticado, clássico e moderno, que combina produtos inspirados no passado e sua identidade de marca ousada, como o tweed, com detalhes finos como laços e correntes amarradas. Isso reforça o lema da marca: “A moda pode desaparecer, mas o estilo dura para sempre”. A Chanel não cria produtos com base nas tendências atuais, mas na consistência de estilo, espírito e qualidade, permitindo que os clientes os reconheçam sem ver o logotipo.

Alain e Lagerfeld focaram em produtos exclusivos e desenvolveram uma estratégia de marketing diferente de outras marcas para manter o valor da marca, desde o preço até a promoção.

Em primeiro lugar, a Chanel nunca baixa seus preços. Enquanto outras marcas de moda de luxo, como Prada, Versace, Valentino e Burberry, lançam campanhas de descontos sazonais para atrair clientes, a Chanel apenas ajusta os preços com base nas condições do mercado e não altera o preço básico. É assim que a Chanel se distingue na indústria do luxo.

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A Chanel desenvolveu linhas mais acessíveis para atender às necessidades dos clientes de classe média e mercados em desenvolvimento, como a Ásia, para aumentar as vendas. Com 36 lojas no Japão, 15 na Coréia e 11 na China, a Chanel controla quase todo o mercado com linhas acessíveis de produtos de beleza como protetor labial, cuidados com a pele, maquiagem e acessórios como óculos e relógios.

Em segundo lugar, a Chanel faz poucos negócios nas redes sociais. Nos últimos anos, a empresa gastou mais de um bilhão de euros em expansão internacional e campanhas de publicidade online. Por outro lado, a Chanel vê as vendas online como algo diferente de um canal de vendas viável, principalmente para itens de moda de alta qualidade, joias, acessórios, cosméticos ou relógios. A Chanel, de acordo com Alain, quer reduzir o fenômeno de produtos falsificados e falsificados e, ao mesmo tempo, proteger o valor da marca.

Em vez disso, as contas do Facebook, Instagram e Twitter fornecem apenas as informações mais recentes, eventos de moda ou coleções recém-lançadas para aumentar o conhecimento da marca. Os clientes irão diretamente à loja para aconselhamento, onde a Chanel investiu cuidadosamente na equipe de atendimento para oferecer a melhor experiência possível ao cliente.

Com um valor de marca de US$ 13.2 bilhões em 2021, a Chanel é uma das principais marcas de moda de luxo do mundo, atrás apenas de Louis Vuitton (US$ 47.2 bilhões), Gucci (US$ 22.6 bilhões) e Hermès (US$ 21.6 bilhões).

Atualmente, os irmãos Alain e Gerard possuem não apenas a marca Chanel, mas também vários vinhedos conhecidos em toda a Europa, incluindo os de Bordeaux, Napa Valley e a ilha de Porquerolles, perto do extremo sul da Côte d'Azur, na França.

Quem é o dono da Chanel: referências

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